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A Responsabilidade Social da empresa Não só o empresário individualmente, mas a empresa como pessoa jurídica também tem uma grande responsabilidade social. O empresário como pessoa física age junto à sociedade colaborando na solução de problemas em diversas áreas, principalmente na educação, na habitação, na saúde, no esporte, enquanto a empresa desenvolve a sua responsabilidade social junto aos seus colaboradores, os seus parceiros no processo da produção e junto à família desses parceiros. Dessa forma, será possível reduzir a ação dos grupos de pressão, que se formam e atuam em todas as sociedades nacionais e que são perfeitamente compreendidos nos sistemas democráticos de governo, mesmo quando lhes falta capacidade de diálogo e se valem da violência, que passam a considerar instrumento válido para tentar impor as suas pretensões. Esses grupos geralmente reclamam benefícios que a sociedade não lhes pode dar na quantidade por eles desejada, porque carece de recursos financeiros para atender uma demanda social que cresce ininterruptamente, e agora mais rapidamente, em decorrência de um fenômeno irreversível, que é a globalização da economia mundial e o desemprego que ela tem acarretado. Ao mesmo tempo, os países em fase de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, praticam uma má distribuição de renda e os seus governos nem sempre podem por em prática políticas amplas em setores fundamentais, como os da saúde, educação, habitação, segurança, alimentação, deixando por isso de atender aos reclamos da população. A ciência e a tecnologia em plena fase de desenvolvimento ajudam a melhorar a qualidade dos produtos destinados ao mercado, aumentam a produção e a produtividade, elevam a perspectiva de vida do ser humano. Cresce velozmente a prestação de serviços, a informática se impõe em todos os campos de atividade, liberando a mão-de-obra antes absorvida pelo mercado de trabalho mesmo que não bem preparada. As pessoas passam a ter mais horas livres, que precisam ser aproveitadas na absorção de conhecimentos e de lazer disciplinado e bem orientado. Atualmente, já não é mais possível privar a população dos meios que lhe proporciona melhor qualidade de vida, principalmente porque a comunicação não retarda a divulgação dos acontecimentos e os mostra no momento em que estão ocorrendo, e o marketing, que é um poderoso instrumento de convencimento e de venda, vai despertando nas pessoas novas necessidades, que precisam ser satisfeitas e que, quando não o são, geram frustrações pessoais e conflitos familiares. Essa é uma realidade que vai se tornando cada vez mais dramática e que tem contribuído para despertar a consciência das pessoas de modo geral e do empresariado em particular. A isso se dá o nome de solidariedade social, pois se a empresa paga para aumentar o conhecimento do trabalhador e após um certo período ele troca de emprego, o fato de ter ajudado a formar um recurso humano em uma sociedade onde ele é ainda escasso, é um ato de solidariedade ou uma missão complementar de aprimoramento social. O balanço social da empresa estimula o trabalho, condena a inércia, incentiva o estudo e o aprendizado dos trabalhadores, motiva e induz à parceria, que eles aceitam não como uma obrigação, mas porque nela antevêem o seu próprio futuro. Nesse cenário, vê-se que o trabalho há de ser bem equacionado, para agilizar a produção em todos os campos de atividade, de modo a beneficiar necessariamente o ser humano, por meio da apropriação generalizada dos bens produzidos. Sob o meu ponto de vista, é na responsabilidade social da empresa e do empresário, que desenvolve o espírito de solidariedade humana, estão contidas as soluções de muitos problemas que afligem o nosso país. |
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