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O Varejo e o Pacto Social Às vésperas da posse, o futuro governo demonstra, na prática, o peso que a dimensão social terá na sua gestão. A reunião no último dia 07 de novembro, com dezenas de lideranças empresariais dentre as quais a Alshop por mim representada, foi convocada para buscar soluções conjuntas para um problema que atinge a população: o combate à desnutrição no País. A perspectiva de um pacto social sinaliza novos tempos para a busca de um entendimento maior entre iniciativa privada e governo. Embora a idéia esteja em fase embrionária e para que surta resultados positivos necessite de um cronograma de iniciativas e de disposições vindas dos dois lados, este cenário de discussão e debates pode beneficiar o varejo, principalmente, nós, lojistas de shopping centers. Mesmo sendo um dos maiores empregadores do País, incrementador do turismo e uma das engrenagens que movimentam a nossa economia, o varejo precisa aprender a se autovalorizar perante o mercado, mostrando a sua força e o seu papel importante na construção de uma sociedade melhor. No caso dos shopping centers, o trabalho pode ganhar uma dimensão mais expressiva pois os empreendimentos tem várias funções, principalmente pela concentração e atuação significativa da população que vê no ato de ir ao shopping uma alternativa para otimizar o seu dia-a-dia, além de centro de compras, tornando-se também um local de convivência, de lazer e serviços e de interações culturais. Por estas razões, acreditamos que o novo governo poderá ser mais sensível ao papel que o varejo-lojista de shopping e o próprio empreendimento ocupa no âmbito social, já que esta fidelização do consumidor gera tráfego, incrementa negócios e ativa o setor como um todo. A resposta desta equação tem se revelado por meio de números, já que a indústria de shopping tem obtido nos últimos anos um crescimento relevante perante outros segmentos da economia e porque não dizer, acima dos principais índices econômicos. A expansão do setor tem ocorrido num cenário bastante adverso, no qual o empresariado tem convivido com altas taxas de juros - recentemente tivemos mais um aumento dos juros básicos da economia - excessiva carga tributária, um engessamento das relações trabalhistas e uma burocracia enorme para concessão de crédito. É fundamental que se compreenda o quanto poderíamos contribuir para o desenvolvimento do País e para o combate ao desemprego, se conseguíssemos modificar esta realidade e fazer com que os nossos governantes pudessem ser sensíveis aos nossos interesses, com a retomada das reformas, linhas de financiamento específicas com condições diferenciadas para o setor e uma flexibilização nas relações de trabalho. Nós, do varejo também precisamos dar a nossa cota de contribuição, participando ativamente na articulação das decisões que vão influir no futuro de melhores negócios para o segmento. Esta percepção e o fortalecimento do varejo perante a sociedade poderá fazer toda a diferença nestes novos tempos da política nacional. |
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