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Questões Cruciais para o Futuro da Indústria de Embalagem É muito conhecido no marketing o caso da empresa de diligências que fechou com o crescimento das ferrovias por não ter percebido que ela estava no negócio de "transportes" e não no de diligências. Se tivesse uma visão abrangente de seu negócio, esta empresa evoluiria com ele passando também a operar ferrovias, depois ônibus, aviões e assim por diante Também no negócio da embalagem existem empresas que ainda não perceberam que estão no negócio de embalagem como um todo e não no negócio de embalagens "flexíveis", "rígidas", "cartonadas", etc. Compreender o universo da embalagem, sua complexidade, peculiariedades, o estágio atual da tecnologia e o futuro da indústria no contexto da evolução da sociedade humana é uma questão crucial para a sobrevivência de todas as empresas do nosso segmento. Por ser uma indústria de tecnologia intensiva que está sempre em busca de inovação, a cadeia produtiva da embalagem anda à frente da sociedade tentando detectar e compreender suas necessidades e mesmo surpreendendo os consumidores com avanços que eles nem pensaram ainda. Essa característica nos obriga a estar super sintonizados com as tendências internacionais e a evolução dos hábitos e atitudes dos consumidores em relação aos produtos. Cada empresa do nosso setor deve dedicar parte de seus esforços de planejamento ao pensamento estratégico. Questões como: para onde está indo o segmento, onde atuo, qual o futuro deste mercado e quais exigências recaem sobre as empresas que atuam neste setor, devem estar presentes no dia-a-dia dos negócios. Fica difícil, entretanto, às empresas isoladamente reunirem informações e mesmo especialistas capazes de empreender em profundidade estas reflexões. Por isso, as grandes empresas se juntam em associações de classe empresarial para melhor compreenderem e organizarem seus respectivos segmentos. Estas associações por serem mais abrangentes, têm condições de reunir especialistas, contratar estudos setoriais e discutir de forma mais ampla as questões do setor. Mas, isso ainda não é suficiente, pois cada segmento isoladamente é menor do que a totalidade do setor e devemos, como mencionamos, procurar compreender o universo da embalagem como um todo. Em meus contatos com o mercado, encontro muitas empresas que ainda não associadas à ABRE e conseqüentemente deixam de participar do esforço do nosso setor em evoluir e promover a evolução dos que dele participam. Algumas destas empresas já participam das associações de seus respectivos segmentos e por isso não vêem necessidade de participar de mais uma associação. Por pensarem desta forma, estas empresas deixam de se integrar à entidade que tem justamente a função de pensar e representar o setor como um todo, o que conforme explicamos no início deste artigo, representa uma visão reduzida do nosso negócio com as conseqüências também mencionadas. A participação em uma entidade específica não exclui a necessidade de também se participar de uma entidade mais abrangente. As indústrias de embalagem só têm a ganhar participando da ABRE, pois nela estão reunidas não só as entidades representativas dos vários segmentos como também os profissionais, empresas de design, fabricantes de matéria-prima, equipamentos e os grandes usuários de embalagens como Nestlé, Lever, Kraft, entre outros. Todo o setor e seus principais especialistas vem atuando na associação para elevar o nível conceitual, promover a reflexão e a discussão dos assuntos mais relevantes, de forma a gerar pensamento estratégico que oriente a indústria como um todo em direção a seu futuro. Participar da ABRE é uma forma de garantir presença no principal fórum de discussão e pensamento estratégico sobre a indústria de embalagem no Brasil, o que se torna uma questão crucial para os negócios de todos nós e também para o desenvolvimento do nosso país. |
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