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Brasil e México líderes na Copa América de Tarifas Bancárias No Brasil aconteceu no último dia 20 de maio Audiência Pública na Comissão de Defesa do Consumidor para debater as tarifas no sistema bancário. No período de 1996 a 2006 elas tiveram um aumento real de 130%, e o faturamento dos bancos cresceu 300% perante um aumento de 55% na folha de pagamento de funcionários. Atualmente, 90,5% dos ativos estão concentrados em 10 bancos, o que dificulta a concorrência. Bancos que cobram até por serviços que deveriam ser gratuitos arrecadaram em 2006 um total de R$ 27 milhões em tarifas bancárias (aumento de 19% em 1 ano). Os serviços bancários comprometeram significativamente o bolso do consumidor: de 2001 a 2006 foi registrado um aumento de 400% contra uma inflação de 56%. E qual é a tendência? Caindo a taxa de juros, aumento das tarifas bancárias! As normas do Banco Central brasileiro não são específicas e estimulam a criatividade dos bancos nas cobranças. O que não é proibido é liberado, deixando pouco espaço para que a legislação atue. Aliás, a Resolução 2.303 do Conselho Monetário Nacional, de 1996, em seu artigo 1º inciso 6º, veta às instituições financeiras a cobrança de vários serviços, inclusive a cobrança de manutenção de conta. O Supremo Tribunal Federal deu parecer no sentido que os bancos devem atender o Código de Defesa do Consumidor. A falta de clareza, a uniformidade e a multiplicidade e informações representam grande obstáculo ao consumidor. Porém, do total de 80 milhões de clientes de banco apenas 18 mil formalizaram reclamações. No caixa eletrônico a movimentação de conta corrente é cobrada por emissão de extrato e realização de saque (em geral, apenas 1 por mês é gratuito); os valores variam de R$ 0,50 a R$ 16 e de R$ 1,20 a R$ 15, respectivamente (dados de maio de 2007). Há serviços que são tarifados indiretamente, como, por exemplo, a compensação de cheques, que varia de R$ 0,01 a R$ 1 por folha. Existem exemplos de abusos em que o cancelamento de um empréstimo pode ser punido por uma multa cujo menor valor é R$ 5 mil. Houve grandes avanços, por exemplo, no acesso ao crédito. Mas ainda assim é necessário evoluir:
No México, os cartões de crédito e de débito são muito utilizados pelos consumidores, mas eles reclamam das taxas de juros anuais (variam de 25% a 40%) e das inúmeras tarifas que são cobradas, muitas vezes de maneira incorreta e sem que o correntista perceba. Do total de R$ 10 milhões arrecadados em 2006 relativos a tarifas, 70% concentram-se em duas instituições. Os quatro maiores bancos concentram 78% do crédito de consumo e 85% das operações de cartão de crédito. |
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