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Autor:	Luciana Pellegrino
Qualificação:	Diretora Executiva da ABRE
Site:	www.abre.org.br
Data:	10/01/06

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Além da embalagem, o Serviço

Por trás da parceria com o SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa, que prevê o subsídio aos projetos de design de embalagem, surge uma grande oportunidade de mercado e de aprendizado para a indústria convertedora do setor.

A ABRE – Associação Brasileira de Embalagem mantém uma campanha permanente sobre a valorização da embalagem visando agregar valor e qualidade aos produtos de circulação interna e àqueles para exportação. E atualmente, por meio do SEBRAE, há uma força-tarefa encabeçada por seus Escritórios Estaduais divulgando o papel estratégico da embalagem aos ouvidos de pequenos empresários de todo o Brasil, independente de seu ramo de atividade.

É importante lembrar que as necessidades dos consumidores diferem de região para região, de acordo com os usos e costumes. Enquanto nos centros urbanos prioriza-se a sofisticação e conveniência, em cidades de menor porte e no campo sobressai, o custo-benefício.

Mas esta experiência com o SEBRAE nos mostra que além de soluções específicas, estes pequenos empresários precisam também de uma consultoria personalizada, ou seja, a indústria não deve oferecer somente seu produto, mas também serviço.

Para este grupo de empresários, a Inteligência em Embalagem e de Mercado é um sonho muito distante e o expertise deve vir das agências de design e da indústria convertedora, dando ao nosso setor uma responsabilidade ainda maior.

Participando de convenções pelo país direcionadas a agricultores de pequeno porte, por exemplo, ficou claro que há pólos produtivos com grande potencial, precisando apenas de uma mão, ou melhor, de uma boa embalagem, para se consolidarem. A além do invólucro, são necessárias a inteligência e estratégia operacionais sobre gerenciamento de estoques, distribuição, rotulagem, posicionamento no ponto-de-venda.

Por meio de 44 projetos em andamento, estamos criando não apenas a cultura do papel estratégico da embalagem para acondicionamento, transporte e comunicação dos produtos, mas também da importância do engajamento da própria indústria convertedora em oferecer um serviço de consultoria especializada em embalagem e em mercado para um nicho ainda pequeno em termos de volume, mas bastante promissor.

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