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O Profissional de RH que Perdeu o Emprego Segundo um estudo americano, ficar sem emprego é a terceira maior dor que um ser humano pode sofrer. A maior é perder um filho. A segunda é perder os pais. Há uma imediata e inevitável sensação de fracasso. Pessoas sem emprego sentem-se sozinhas, constrangidas e inferiores. A vida parece mais insípida, mais tênue. A maioria das pessoas são definidas em termos de seus empregos e acabam recebendo um sobrenome corporativo. Quantos de nós não conhecemos o Fulano da Xerox, o Beltrano da Shell, o Sicrano do Bradesco, etc. A verdade é que o emprego ajuda as pessoas a dizer a si mesmas e aos outros quem elas são. A falta de emprego gera diversas implicações, como a baixa auto-estima, ansiedade, sensação de abandono e incompetência, fase de instabilidade emocional e desesperança, intolerância nas relações familiares e sociais que são prejudicadas pela mudança no status social e aumentam as preocupações com a vida financeira e os apelos de consumo. Como executivo de Recursos Humanos, já vivenciei essa experiência de "ficar à disposição do mercado" e posso relatar três grandes lições: Você descobre que a maioria dos seus amigos estavam ao seu lado somente pelo cargo que você tinha; Você passa a administrar melhor suas finanças; Você descobre que a maioria dos "profissionais de RH", nossos colegas, não dão feedback. Sempre tive a preocupação de fornecer feedback, no intuito de minimizar incertezas e ansiedades. O feedback é parte fundamental do processo que visa orientar as pessoas a apresentarem comportamento e desempenho adequados a uma determinada situação. Todo feedback que recebemos em relação àquilo que realizamos é de essencial importância para nosso aprendizado e crescimento. Através de um feedback podemos modificar nossa maneira de encarar e lidar com determinados assuntos e idéias, e trabalharmos com mais empenho se necessário, em busca de melhores resultados. Pessoas bem-sucedidas sabem valorizar as críticas que recebem e aprendem a utilizá-las em proveito próprio. Somos sabedores de que essa situação descrita acima torna-se ainda mais traumatizante diante da falta de perspectivas gerada pelo atual cenário de recessão e desemprego. Mas é importante saber que não existe crise que resista a alguns bons momentos de reflexão. Por mais que possa existir crise, a vida lá fora continua, independente dos índices divulgados. Toda crise, seja nova ou antiga, se torna maior quando mais se fala nela e menos se age em conjunto contra ela. Mas, alguém lembra das crises passadas? O pior é que quando enfrentamos as crises passadas, o Brasil tinha um outro cenário, bem mais grave que o atual. Ou será que era mais fácil enfrentar a crise com inflação? Talvez o maior malefício desta crise para nós brasileiros é algo que ingleses, tailandeses, japoneses e outros povos não experimentaram: a perda da auto-estima. Nós não estamos acreditando no nosso País. Não estamos acreditando no nosso Povo. Não estamos mais acreditando em nós mesmos. Isto é muito grave. Existe uma crise globalizada, mas o mundo jamais pára, nem as suas necessidades. Se a área de Recursos Humanos já não suporta mais viver apenas nos seus moldes tradicionais, agora, então, é a verdadeira hora de mostrar que o pensamento vai além do discurso. Esse deve ser o momento da inovação. As empresas não podem pensar que vão melhorar sua tecnologia, sua performance, sua saúde financeira apenas com demissões. Existe um limite para se continuar vivo, competitivo e produtivo. E são as pessoas que podem ou não contribuir para esse sucesso. São os Recursos Humanos que fazem isso em qualquer empreendimento. Outro fato curioso é que conforme pesquisa da DBM - Drake Beam Morin do Brasil - mais de 80% dos executivos são contratados através da rede de relações pessoais (networking). O grande segredo do networking é que quanto maior o número de pessoas que souberem que você está buscando um emprego e do seu objetivo de continuidade de carreira, maiores as chances de você ficar sabendo das oportunidades e de ser encontrado por alguém que necessite de suas qualificações. O mundo está cheio de oportunidades. Acredite! Você só precisa, apenas, encontrar uma. |
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