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O novo gestor de viagens As viagens de negócios ganham espaço no orçamento de grandes, médias e pequenas empresas. Só em 2011 este mercado movimentou em torno de R$ 47,5 bilhões, segundo os Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC) levantamento coordenado pela Associação Brasileira de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (ABGEV), co-realizado pelo Senac-SP e com apoio da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). Este segmento já representa 71% do faturamento total do setor de hotelaria, ante a participação de 61% em 2010. Mas as turbulências financeiras no cenário mundial e o avanço das despesas em viagens corporativas acionaram o sinal de alerta nas empresas, levando também ao aumento da pressão por economia e pela utilização mais racional dos recursos. É aí que a figura do gestor de viagens ganha ainda mais relevância afinal, são milhões de reais gastos todos os anos que requerem gerenciamento minucioso. Por administrar orçamento de tal importância, este profissional modificou radicalmente sua rotina nos últimos anos. Para assegurar a economia desejada, o gestor não pode mais focar exclusivamente na emissão de passagens e vouchers. Hoje ele apresenta condições para extrapolar este trabalho e gerar ganhos significativos. A importância e os resultados que uma boa administração de viagens pode trazer para as empresas são inegáveis. Quando falamos em um gestor, não se trata de um profissional restrito a exercer o papel de comprar e emitir bilhetes ou reservas hoteleiras, mas sim de alguém capaz de otimizar os recursos despendidos neste segmento. Da seleção de fornecedores mais adequados à adoção de novas regras e ferramentas, a estratégia do gestor é fundamental para um bom resultado operacional. Algumas mudanças simples, como a implementação de um sistema automatizado para requisição de viagens, conseguem reduzir não apenas o tempo gasto com os colaboradores na solicitação. Elas também garantem economia significativa no valor dos bilhetes adquiridos, trazendo benefícios implícitos com a simples máxima: tempo é dinheiro. O gestor também assume a atribuição de elaborar e aplicar a política da companhia, aferir o que pode e o que não pode ser feito, monitorar o uso de ferramentas como os cartões corporativos, além de definir quais práticas deve-se adotar para conquistar uma economia eficaz, sem prejudicar o desempenho dos negócios. Por falta de pesquisa e planejamento, empresas não percebem o quanto pode ser economizado quando se tem um profissional especializado e preparado para a função. Despesas expressivas nesta área são negligenciadas e chegam a margens de R$ 2 a 3 milhões, comprometendo seriamente o fluxo de caixa. Em média, pelo menos 8% de bilhetes aéreos emitidos não são utilizados e ficam relegados ao esquecimento. Com sua atuação, o gestor pode promover um trabalho de pesquisa, ajustar políticas de compra e, o mais difícil, conscientizar os diretores sobre a necessidade de aderência à política de viagens da empresa. Um bom gestor de viagens é antes de tudo um exímio administrador, que entende do mercado de turismo, de tecnologia, negocia não apenas com os seus fornecedores, mas com a empresa inteira, e tem a difícil tarefa de trazer seus esforços à luz da empresa, transformando-os em efetiva economia de recursos. Ganham as empresas, agências, clientes e todo o mercado. |
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