|
Mapeamento de riscos de infraestrutura: aprendendo com o rato de Fukushima “O perigo está onde menos se espera”. O ditado é antigo, porém verdadeiro. Na quinta-feira passada, dia 21, a usina nuclear Fukushima foi surpreendida por um fato inusitado. Um rato causou um curto circuito de grande proporção ao roer um cabo da linha de transmissão da usina. O acidente poderia ter tido consequências graves, mas felizmente, ocorreu apenas um apagão, sendo o fornecimento de energia restabelecido após o evento. O fato ilustra o quão importante é o investimento em infraestrutura e segurança e que nenhuma instalação está livre de riscos - haja vista o Japão que é reconhecido mundialmente na construção de estruturas civis seguras, inclusive a prova de terremotos. O fato poderia ter sido evitado com uma rotina de mapeamento de riscos e ações preventivas. Mapear riscos é rotina essencial para preveni-los e mitigá-los. No caso em questão, o mapeamento de riscos poderia ter detectado o problema e no plano de ações implementado a desratização do ambiente. Como riscos podem ser mitigados, mas não eliminados, é importante que se incorpore a cultura das empresas tal rotina, e que se execute o mapeamento de forma contínua e cíclica, pois eventos externos e internos alteram naturalmente o cenário do risco. Muitos podem pensar que tal rotina custa caro e é desnecessária, mas a verdade é que é muito mais caro remediar o prejuízo, sendo que muitas vezes os danos podem ser irreparáveis, quando há vidas humanas envolvidas. Na era da informação a indisponibilidade de um recurso de telefonia, internet ou ainda de energia elétrica pode paralisar uma planta industrial, ou ainda, impedir que o atendimento a uma situação de emergência ocorra em tempo hábil. Nesse sentido, a radiocomunicação é ferramenta imprescindível no combate a situações de emergência, segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações) agência da ONU designada para o setor que coordena as telecomunicações em todo o mundo. Em casos de acidentes e desastres, um segundo pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de um resgate, por exemplo. Dessa forma, cabe aos gestores de infraestrutura aprenderem com o caso de Fukushima e se questionarem, será que tenho mapeadas todas as criticidades das instalações e sistemas que administro? Tenho planos de ações para serem implementados em caso de emergências? Como estão funcionando minhas redundâncias? Aprender com o erro dos outros é a forma mais barata de melhorar seus processos, afinal de contas, “sorte é quando a oportunidade te encontra preparado”. |
|
![]() © 1996/2013 - Hífen Comunicação Ltda. Todos os Direitos Reservados. |