|
O Novo Papel da Auditoria Com a crescente competitividade do mercado, a mera garantia de credibilidade das informações financeiras já não é o bastante para as empresas brasileiras. É nessa conjuntura que entra em cena o novo conceito de auditoria de desempenho. Mas como ficam as companhias de menor porte que, apesar de grandes geradoras de renda e empregos, ajudam a compor a triste estatística de mortalidade empresarial no Brasil por falta de planejamento? Para as empresas não obrigadas a ter um auditor, a auditoria de desempenho garante plena credibilidade aos negócios, na medida em que identifica os mais variados problemas relacionados a controles internos, fiscais e trabalhistas, bem como fluxo de caixa, orçamento e precificação. Trata-se de uma verdadeira radiografia da empresa. No entanto, por envolver empresas de menor porte - mais carentes de um atendimento individualizado -, a programação dos trabalhos de auditoria deve ser direcionada às necessidades específicas da companhia. É importante salientar que esse trabalho só caminha bem se houver alto grau de comprometimento do auditor e do cliente. Outro ponto determinante é uma mudança de comportamentos e posturas muitas vezes já arraigados no dia-a-dia da empresa. Mas como funciona, na prática, uma auditoria de desempenho? O modelo sustenta-se em quatro pilares: Planejamento estratégico: O passo inicial é a verificação do cumprimento dos objetivos do negócio. O que foi traçado como meta para a empresa está sendo seguido? As prioridades da companhia revertem em vantagens competitivas? O plano de trabalho obedece a um calendário anual? Este calendário sofre reavaliações por causa da volatilidade do cenário econômico e tributário? São esses os questionamentos que permeiam a primeira etapa do trabalho. Parte-se então para a avaliação do grau de segurança das ferramentas utilizadas para gestão do negócio, cujo objetivo é verificar se as mesmas enfocam aspectos como a análise da participação de cada produto por cliente, a avaliação do desempenho da equipe de vendas, e a revisão e formação dos preços. Este último item apresenta especial importância, pois muitas vezes esbarra na visão amadora de que preços reduzidos seduzem mais compradores. Os empreendedores com esse pensamento, entretanto, ignoram o grande perigo de adotar preços inferiores aos custos e, com isso, comprometer a lucratividade. A compreensão do que é margem de contribuição passa ainda pelo controle e redução de custos. O auditor é responsável por promover uma avaliação da estrutura de custos da empresa, visando à sua redução ou à melhor distribuição. O foco do seu trabalho são as áreas econômica, tributária, trabalhista e previdenciária. A empresa está em ordem, mas as feras estão soltas. Mercado e concorrentes também devem ser observados, por meio da aferição e controle dos riscos existentes no setor. O controle dos riscos, para se tornar realidade, deve objetivar a verificação da existência de ferramentas adequadas ao acompanhamento dos riscos - e que possibilitem sua gradual redução. É fundamental averiguar o nível de informações disponível sobre o setor de atuação e a adequação da empresa ao seu nicho de mercado. Um bom planejamento e o monitoramento freqüente são garantias de sucesso. Sendo validada nesses moldes, a empresa agrega valor aos seus negócios e ratifica, perante o mercado, a alta qualidade de sua gestão. É hora, portanto, de deixar de simplesmente ouvir conselhos para colocá-los no papel. Para a empresa, é uma questão de sobrevivência. |
|
![]() © 1996/2006 - Hífen Comunicação Ltda. Todos os Direitos Reservados. |