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A PERSONALIDADE DO BOM EMPRESÁRIO
Para fazer o balanço psicológico da empresa, antes de tentar saber quais são as deficiências de comportamento e suas causas mais prováveis, é preciso que o empresário identifique em si próprio a presença consciente dos elementos essenciais da sua personalidade no comando do empreendimento. Segundo o Grupo Hume, existem onze características psicológicas e de comportamento encontradas em quase todos os grandes homens de negócio de sucesso nos Estados Unidos, a saber:
No mundo inteiro, a maioria dos empresários dirá que essas onze características de comportamento de sucesso nos negócios não se aprendem no colégio. Qualquer adolescente precisaria apenas lucrar com sua primeira operação de venda para descobrir se sabe e se gosta de fazer negócio. O resto viria com a experiência, a observação, a esperteza, boa contabilidade e novas idéias de produtos e serviços que satisfaçam uma carência do mercado. Ou seja, o bom senso intuitivo. Esses empresários não sabem explicar por que, de repente, surge uma boa idéia na cabeça; ou por que uma sensação estranha lhes indica que algo está errado ou que não devem fechar uma transação que, aparentemente, promete grandes lucros. Essa intuição, faro e olho clínico para o bom negócio são as armas mais poderosas que sempre estiveram ao alcance de todo comerciante, empresário, industrial e administrador. As business schools modernas, no entanto, desenvolveram métodos de administração exclusivamente guiados pela lógica, análise dos números e supremacia da razão sobre a intuição na atividade econômica. Na prática, a experiência recomenda um equilíbrio entre o racionalismo e a intuição na hora de tomar decisões. A identificação das medidas mais apropriadas para as diferentes situações vem da análise correta dos dados concretos, mas também é preciso manter as antenas - o sexto sentido empresarial - em estado de alerta e saber canalizar os seus insights da forma mais produtiva. Ron Dalrymple, um dos psicólogos mais famosos da escola da intuição administrativa, defende cautela no uso dos instintos, por ser uma forma de conhecimento ilógica, desorganizada, misturando fato e sensação. Para o autor de The Inner Manager (O Gerente Interior), a administração do negócio por instinto é um jogo de alto risco, já que os sen-timentos se enganam mais do que a razão reconhece. Dalrymple, porém, destaca que desprezar a intuição é abrir mão de um conjunto de informações importantes na hora de tomar decisões. Por isso, foram desenvolvidos técnicas e exercícios específicos para ajudar os empresários a conhecerem os fatores individuais - experiências do passado, preconceitos, preferências - que influenciam seus instintos:
ADMINISTRAÇÃO DA NATUREZA HUMANA O sucesso de todo empresário, seja ele intuitivo ou racionalista, dependerá em grande parte de sua atitude dentro do empreendimento. Talento para lidar com as pessoas foi indicada entre as três prioridades administrativas de pequenas empresas tanto dos Estados Unidos quanto da Irlanda e da Hungria em uma pesquisa da Case Western Reserve University. A razão dessa tendência é que muito da inércia e do trabalho improdutivo no escritório e na fábrica vem da dificuldade da chefia de entender a natureza humana para colocar as pessoas certas nos lugares certos. Tentando estabelecer um padrão de tendência de comportamento que oriente a administração da questão afetiva no local de trabalho, a Business School da Universidade de Stanford, em Berkeley, na Califórnia, constatou que certos tipos psicológicos tendem a mudar seu comportamento assumindo outra personalidade em momentos de tensão e situação de crise. A partir dessa análise, surgiu o Eneagrama, ou quadro de identificação da variação de comportamento em vários dos tipos psicológicos mais comuns em ambientes de trabalho. |
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Publicado na revista Sala do Empresário - Ed. 05
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