|
HIPERATIVIDADE
Outro mal do espírito que se situa no extremo oposto da depressão, mas se revela igualmente contraproducente, é a hiperatividade, o excesso de adrenalina. Esse estado de tensão permanente é reflexo de sua vitalidade e uma decorrência da energia extra exigida pelo trabalho. Com o tempo, porém, o desgaste físico e mental poderá ter conseqüências muito semelhantes às da depressão: a incapacidade de concentração, de manter o foco de atenção em suas prioridades. Os hiperativos, em geral, são alegres, engraçados, cheios de entusiasmo pela vida. Também tendem a ganhar dinheiro, pois são bons vendedores. Assim, facilmente confundidos com empresários de sucesso, os hiperativos vivem uma realidade mais dura: têm dificuldades para manter o sucesso contínuo, não conseguem concentrar-se em objetivos de médio e longo prazos, raramente terminam o que iniciam, delegando tarefas pela metade, e freqüentemente agem antes de pensar. Um estudo do Attention Deficit Disorder Club norte-americano constatou que essa deficiência da capacidade de concentração costuma manifestar-se já na infância. Cerca de 30% dos sofredores da falta de atenção terminam cultivando alguma forma de inadequação social na vida adulta. No mundo dos negócios, esse problema de inadequação facilmente leva ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Só a disciplina pessoal permite o controle dessa falta de concentração decorrente da hiperatividade. De acordo com o especialista Peter Jensen, uma mudança de atitude e comportamento implica mais rigor na organização pessoal, estabelecendo uma rotina com um ritmo que equilibre momentos de tensão e de repouso. No ambiente de trabalho, as características de comportamento dos hiperativos e dispersivos devido a sua vitalidade excessiva podem ser resumidas nas seguintes:
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO Para combater esses males do comportamento no processo produtivo, muitos entrepreneurs vão em busca de uma alternativa ao cinismo do mundo dos negócios. Assim, exemplos, técnicas e conselhos de pessoas que venceram na vida nos mais diversos ramos de atividade econômica terminaram desenvolvendo-se em um novo setor de prestação de serviços: a indústria da motivação, com suas palestras, cursos, seminários e simpósios, livros, fitas de áudio e vídeo especializados. Só nos Estados Unidos, existem mais de seiscentas pequenas empresas que vendem métodos e assessorias para aperfeiçoamento da capacidade de liderança e motivação. Bass & Stogdills Handbook of Leadership, a primeira tentativa de resumir a maioria das técnicas de liderança desenvolvidas pelos americanos, tem mais de mil páginas de pequenas dicas e orientações para corrigir deficiências ou aumentar seu conhecimento da arte de ser o chefe ou o dono do negócio. Segundo Jay Conger, professor da Universidade McGill e autor de Aprendendo a Liderar (Learning to Lead), porém, as centenas de cursos e filosofias de administração disponíveis dividem-se em quatro grupos principais:
Danny Cox, autor de grandes sucessos como os livros Leadership - When the Heats On (McGraw-Hill) e Seize the Day, afirma não haver um líder nato. Todo dono de negócio tem que desenvolver as características certas de sua personalidade. O líder é a pessoa capaz de atingir o extraordinário lidando com o convencional. Para Cox, as quatro palavras-chaves são sonhar, saber, planejar e agir. Um chefe ou diretor-presidente de empresa, porém, só é um líder eficiente enquanto seus subordinados o reconhecerem como tal. Os empregados melhoram quando a gerência melhora. A estratégia correta para que isso ocorra, conclui Cox, é incentivar o lado forte da equipe. O mais comum, entretanto, é que o empresário use sua autoridade de líder para condenar as fraquezas dos subalternos, tentando corrigir erros. Para ajudar a identificar os pontos-chaves do caráter dos líderes, Cox relacionou as dez tendências de comportamento que formam a capacidade de liderança:
Zig Ziglar, um ex-caixeiro-viajante que se transformou no orador motivacional número 1 da América e é o autor de See You at the Top, propõe-se a ensinar a vencer na vida. Sucesso é conseguir muitas das coisas que o dinheiro compra e quase todas que o dinheiro não compra. Você pode comprar um colchão, mas não compra uma noite bem-dormida, filosofa Zig Ziglar. Para ele, a motivação é decorrente da eficiência com que se raciocina para atingir os objetivos. Se seu projeto inicial não der certo, provavelmente não foi por culpa sua. Apenas trabalhe e reze mais. Esses motivadores também coletaram a experiência pessoal de milhares de pequenos, médios e microempresários, o que permite a definição das formas mais comuns de automotivação para o trabalho adotadas pelos entrepreneurs da década de 90:
|
|
. |
|
. |
|
|
|
Publicado na revista Sala do Empresário - Ed. 05
PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TEXTO, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra, de qualquer forma e por qualquer meio ou processo eletrônico, mecânico, gráfico, fotográfico, microfílmico, reprográfico, xerográfico, de fotocópia, de gravação, videográficos sem a permissão escrita e, quando permitida, desde que citada a fonte. Vedada a memorização e/ou recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer sistema de processamento de dados. A violação dos Direitos Autorais é punível como crime. Lei nº 6.895 de 17.12.1980 (Cód. Penal) Art. 184 e parágrafos 185 e 186; Lei nº 5.998 de 14.12.1973 |
|
|